Técnica mista, colagem manual, intervenção com tinta acrílica e spray,
Finalizado com glitter e resina
Tamanho 0,75x1,00x0,05
Oh Boy I, 2021
A série nasce da interseção entre desejo, poder e narrativa. Utilizando capas icônicas da Playboy como ponto de partida, as colagens sobrepostas ressignificam essas imagens, subvertendo a ideia de que a revista era um produto feito apenas para os homens. Em vez de objetos de contemplação, essas mulheres são retratadas como protagonistas de um jogo que sempre dominaram.
Por décadas, a Playboy foi vista como um símbolo da cultura masculina, mas a história não é tão simples assim. As mulheres que estamparam suas capas eram atrizes, modelos, cantoras, empresárias—figuras que usaram essa plataforma para moldar suas próprias narrativas, conquistar fama, influenciar gerações e desafiar os padrões impostos a elas. A sensualidade, aqui, não é submissão. Exposição não é fragilidade.
Na colagem, o jogo de esconder e revelar ganha um novo significado. As sobreposições, cortes e texturas questionam a construção da imagem feminina na mídia e deslocam o olhar: quem realmente estava no controle? As imagens, antes publicadas para o consumo masculino, agora se tornam manifestos sobre o poder feminino.
Se a Playboy era uma plataforma de desejo, essa série a transforma em uma declaração de autonomia. O corpo feminino sempre foi um símbolo, mas e se ele também for uma ferramenta de revolução?
A série é sobre mulheres que nunca foram apenas capas, mas sim estratégicas, visionárias e protagonistas de suas próprias histórias.